quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Estresse no trabalho aumenta os riscos de doenças do coração
Inglaterra - Um trabalho estressante tem um impacto biológico direto no organismo e aumenta o risco de doenças cardíacas.
Segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido e publicada na revista "European Heart Journal".
O estudo, realizado desde 1985, foi feito com mais de 10 mil trabalhadores britânicos. As pessoas com menos de 50 anos que disseram ter um trabalho estressante tinham cerca de 70% mais chances de desenvolver doenças cardíacas do que os que não sofriam estresse no ambiente de trabalho.
De acordo com o estudo, também divulgado pelos meios de comunicação britânicos, os funcionários que sofreram pressão no trabalho tinham menos tempo para fazer exercícios físicos e se alimentar bem, além de mostrarem sinais de alterações bioquímicas.
Os pesquisadores levaram em consideração a opinião que os funcionários tinham sobre seus trabalhos, mas também acompanharam de perto a alteração do ritmo cardíaco, a pressão sangüínea e a quantidade do hormônio cortisona liberada no sangue.
Os especialistas também levaram em conta a dieta, a freqüência de atividade física, o consumo de tabaco e álcool do grupo de pesquisados.
Uma vez reunido o material, os cientistas observaram a quantidade de pessoas que desenvolveram doenças do coração ou sofreram um ataque cardíaco.
O diretor da equipe, o médico Tarani Chandola, do University College London, disse que eles descobriram que o estresse crônico por trabalho estava associado à doença coronária e que essa relação é maior entre homens e mulheres com menos de 50 anos.
"Como as pessoas mais idosas estão aposentadas, estão menos expostas ao estresse profissional, e entre estas o efeito das doenças coronárias não foi tão forte", acrescentou.
O estilo de vida foi um fator crucial no desenvolvimento das doenças cardíacas, segundo os especialistas. Os pesquisadores admitiram se sentirem mais seguros para entender os mecanismos biológicos que vinculam o estresse e as doenças do coração, relação já conhecida, mas difícil de comprovar.
Fonte: EFE - 23/1/2008
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